O grão de trigo representa a esperança no sucesso
do semeador que cuida desse grão com o maior carinho, procurando a saciedade da
fome de todos os que terão pão a partir do seu empenho no trabalho.
Este ciclo evolutivo significa a obtenção do
aperfeiçoamento, procurando extinguir as ameaças com a dedicação, a vigilância
sistematizada, a colheita, o armazenamento e a transformação.
Em cada semana desta Quaresma, é proposto um
símbolo/elemento deste ciclo, sobre o qual somos chamados a desenvolver uma
atitude que nos aproxime dessa transformação a vivenciar em e com Jesus Cristo.
A terra: representa a aridez do deserto, mas também um
campo de cultivo, uma oportunidade de reencontro connosco próprios, uma atitude
de despojo total para permitir uma nova sementeira. Significa ainda, o mundo e
a humanidade, sem vida, vazios de referências e valores, com fome de amor e de
paz. (Olhar com realismo)
O grão de trigo: significa a força em vencer
a terra que o cobre para surgir um novo rebento, crescer, frutificar e com essa
frutificação, trazer a multiplicação. Isto acontece também na vida espiritual.
Se não morrermos e não matarmos a velha criatura não poderemos frutificar e
renovarmo-nos. A missão do que acredita e ama a Jesus: fazer face à realidade
triste e dolorosa que grassa no mundo e entre os homens. Fá-lo com esperança, porque,
a primeira parte – semear – pertence primeiramente a ele. (Actuar com
esperança)
Os Mandamentos da Lei de Deus: traduzem o empenho diário
em cuidar a cada momento desse “grão de trigo” que um dia recebemos no nosso
baptismo e nos incutiu a responsabilidade vinculativa de produzirmos fruto. É o
estilo de vida e o testemunho que somos chamados a viver. Em nós existe o
«gérmen da eternidade» e a partir do qual se deve pautar o nosso viver.
Fundamental é também para que aquilo que semeámos (anúncio), possa crescer e
frutificar (converter). (Viver com coerência)
A Bíblia: alimento da nossa fé, enquanto orientação para o
caminho de salvação. É a referência, donde nasce a certeza de que vale a pena
«semear» na «terra». Orienta-nos no desânimo, quando nos esquecemos do que
fazer, quando não sabemos como agir… quando perdemos a vontade. (Seguros
interiormente)
As espigas de trigo: simbolizam o resultado do
nosso trabalho e do nosso zelo, enfrentando todas a intempéries que ameaçam o
crescimento e a maturação da nova planta. É o resultado do nosso trabalho e da
acção e Deus. Ele aproveita o nosso esforço e dá-nos esse sinal. Agora, já
podemos fazer pão, para partilhar! (Sonhando a Caridade)
O cálice e hóstia: símbolo vivo e real da
presença de Deus na história dos homens e no mundo. É Jesus Cristo, glorioso e
ressuscitado, como alimento integral de todos os homens, em especial dos que em
Igreja, vivem a fé n’Ele. Mesmo sentindo Deus ausente na vida em muitos dias,
os cristãos sabem, ao comungar, que vivem uma comunhão, perfeita, afectiva e
efectiva, com Ele. (Vivendo o amor)
Somente quando entendermos verdadeiramente este
ciclo, que podemos intensificar neste tempo de Quaresma, é que viveremos a
comunhão verdadeira com Cristo, fazendo jus à graça de sermos filhos do mesmo
Pai e imbuídos do mesmo Espírito Santo. Só em comunhão com Ele, amados por Ele,
podemos levar o Seu amor àqueles que ainda não o têm e vivermos a Caridade.
Objectivos
Ajudar as crianças e
adolescentes da catequese, juntamente com a restante comunidade, a viverem o
Tempo da Quaresma como:
- Caminho de conversão a que Deus nos chama
- Caminho de caridade para com os que precisam de nós
- Caminho de intimidade com Deus, pela oração/reconciliação
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