sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL DE JESUS – LUZ DA LUZ

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas 

Quando os Anjos se afastaram dos pastores em direcção ao Céu, começaram estes a dizer uns aos outros: «Vamos a Belém, para vermos o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer». Para lá se dirigiram apressadamente e encontraram Maria e José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que os ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado.

1. Num dos anúncios dos anos anteriores, em época natalícia, acerca dum produto de bebé, lia-se “O Natal é a maior festa do mundo”. Com efeito, para além do produto que se queria vender, é verdadeira a afirmação. Pelo clima que o caracteriza, o Natal é uma festa universal! Mesmo sem o olhar da fé, como não sentir, nesta celebração cristã anual, algo de tão extraordinário e transcendente, algo de tão íntimo e tão comovente, que fala ao coração de todos os homens e mulheres de boa vontade? Basta pensar que o Natal é a festa que canta o dom da vida! Ora, o abraço de um recém-nascido suscita normalmente sentimentos de atenção e de prontidão, de comoção e de ternura, ou não fosse um bebé a expressão mais tocante da «dependência» total: nove meses de escuridão no seio materno, as fraldas, a higiene diária repetida, a chupeta, a alimentação, os cuidados médicos, o frio, o gatinhar, o soletrar e a aprendizagem gradual das palavras. Só o amor é capaz de sustentar a sua carência radical!
2. Estamos, diante de um acontecimento histórico, que São Lucas situa num contexto muito preciso: nos dias em que saiu o decreto do primeiro censo de César Augusto, quando Quirino já era governador da Síria (cf. Lc. 2, 1-7). Esta é uma noite, datada historicamente, na qual se verificou um acontecimento de salvação, que Israel esperava há séculos. Na escuridão da noite de Belém, há um «anúncio» e acendeu-se realmente uma grande luz: o Criador do universo fez-se Carne, fez-se pessoa, unindo-se indissoluvelmente à natureza humana, até ser realmente «Deus de Deus, luz da luz» e ao mesmo tempo homem, «verdadeiro homem»! 3. Um recém-nascido, que chora numa gruta miserável! Pensai: Deus sujeito a isto! Será digno de Deus tornar-se assim uma criança indefesa? Numa cultura orgulhosa de si própria, quase achamos normal que Deus se faça Homem. Mas não assim, ao tempo do nascimento de Jesus. A simples hipótese de Deus se revestir da carne humana, era muito mal vista, quer pela cultura grega, que desprezava o corpo como miserável, quer pelos judeus, para quem a ideia do Deus Altíssimo habitar no meio de nós, era um escândalo de todo insuportável. Todavia, na gruta de Belém, Deus revela-se, como humilde «infante», vencendo assim a nossa presunção intelectual. Talvez nos tivéssemos rendido mais facilmente, frente ao poder ou frente à sabedoria deste mundo! Mas Deus não quer a nossa rendição; ele não nos esmaga com a potência ou prepotência de uma falsa divindade; antes apela ao nosso coração e à nossa decisão livre de aceitar o seu amor por nós.

MANJEDOURA: Recipiente, normalmente de pedra, que contem a comida para os animais.
PASTORES: Cuidavam das ovelhas no campo para depois as venderem na cidade. Eram pobres e analfabetos. As pessoas da cidade não os aceitavam e não se abeiravam deles.

Jesus nasceu em Belém, muito longe de Nazaré, aldeia onde viviam Maria e José. Não teve um berço, mas sim um manjedoura cheia de palha. Jesus vem também para os mais pobres, os que vivem distantes de suas casas, os que são rejeitados como os pastores do seu tempo.
Hoje não há muitos pastores, porém há muitas pessoas que são rejeitadas…
Durante quatro semanas, as velas mostraram o caminho da paz, do amor, da confiança e da esperança. Foi como que a preparação de um presépio para acolher Jesus.

COMPROMISSO PARA A SEMANA
1. Contar, em família, a história do nascimento de Jesus e a história das quatro velas.
2. Rezar, antes de dormir, a oração de boas vindas a Jesus.

ORAÇÃO

Que magnífico dia! Feliz aniversário, para Ti, Jesus!
Porque me preparei, este Natal será diferente. Vou lembrar-me do significado das velas apresentadas, em especial da vela do amor, que hoje me trouxeste de modo mais carinhoso, através do Teu nascimento. O meu coração está cheio de alegria, de paz e de esperança.
Este é o meu presente para Ti!


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