segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

TERCEIRA SEMANA – LUZ DA CONFIANÇA

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João 

Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Foi este o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram, de Jerusalém, sacerdotes e levitas, para lhe perguntarem: «Quem és tu?» Ele confessou a verdade e não negou; ele confessou: «Eu não sou o Messias». Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?». «Não sou», respondeu ele. «És o Profeta?». Ele respondeu: «Não». Disseram-lhe então: «Quem és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram, que dizes de ti mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías». Entre os enviados havia fariseus que lhe perguntaram: «Então, porque baptizas, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?» João respondeu-lhes: «Eu baptizo em água, mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias». Tudo isto se passou em Betânia, além Jordão, onde João estava a baptizar.

1. O mercado organiza-se, a todo o vapor, para nos vender, no meio da crise, a poção mágica da alegria. Movimento, boas palavras, promoções antecipadas, sorrisos artificiais, em todo o tipo de «natais». Mas um passeio atento, pelo coração da «cidade» real, faz-nos ver o outro lado da rua. A rua da melancolia, de um certo desencanto e cansaço vencido. O que sobra, por aí, em prazer empacotado, vendido e comprado, falta-nos em graça e alegria! 2. Espanta-nos, por isso, o tom solene e imperativo de São Paulo: «Vivei sempre alegres»! Se já nos parece tão difícil desfrutar a graça de alguns momentos de alegria, este desafio a viver sempre alegres, parece-nos uma ousadia insensata! Todavia, o Apóstolo sabia bem o que estava a dizer! Ele trazia e conhecia, no próprio corpo, as marcas de Jesus, sabia das agruras da tribulação, das dores e perigos de uma vida tão sofrida! Por certo, São Paulo estará a desafiar-nos então para uma outra alegria. Não uma alegria exterior e banal, não uma alegria superficial e divertida, a reboque dos copos da vitória ou da derrota, da sorte ou do azar, da morte ou da vida, da saúde ou da doença, da boa ou da má disposição, do sucesso ou do fracasso. Não. Tamanha alegria, que dura e perdura, para lá dos nossos humores, só pode brotar como milagre da graça, na nossa alma vazia que apenas sabe confiar! 3. Significativamente, na primeira leitura, aparece este hino de louvor: «Exulto de alegria por causa do Senhor, minha alma rejubila, por causa do meu Deus» (Is.61.10). Numa palavra: “a verdadeira fonte da alegria é a certeza de sermos amados por Deus, com um amor apaixonado e fiel, um amor maior que as nossas infidelidades e pecados, um amor que perdoa” (Bento XVI). Sim, é Deus a causa única da nossa alegria. Toda a alegria
que se dá fora dele ou sem Ele, não satisfaz. Pelo contrário, arrasta a pessoa para um redemoinho no qual não pode estar verdadeiramente contente. Nenhuma alegria resiste sempre, se vier a apoiar-se em coisas que, de repente, nos podem ser tiradas ou destruídas. Ao dizer «vivei sempre alegres», Paulo diz-nos: «Alegra-te sempre, porque Deus te ama sempre! A grande alegria vem do facto de existir este grande Amor de Deus, por ti. Tu és alguém que és indefectivelmente amado (a), criado e redimido por Ele. E isto está estabelecido para sempre!» Esta é realmente «a Boa Nova», que nos enche da perfeita alegria! É uma alegria que existirá e subsistirá, mesmo nas circunstâncias de uma vida difícil. Aliás, só este fio de alegria torna possível atravessarmos com serenidade, coragem, grandeza e confiança, os momentos mais obscuros do coração e da vida. Precisamos desta alegria de viver, que só a fé nos pode dar! 4. Se a fé nos introduz nesta Confiança do amor de Deus, que permanece e prevalece, sobre todas as coisas, então é urgente revestir de alegria a nossa fé! Sente-se, hoje, entre os cristãos, um bafo de tristeza, uma triste monotonia, sintomas de um certo cansaço da fé e de pouca confiança n’Ele. Ora a fé que se vive na confiança só pode gerar alegria de vida! Uma fé sem alegria, é como uma vela apagada, uma vida sem confiar. Sem a alegria, não há luz, no teu olhar! Ora “a candeia do teu corpo são os teus olhos. Se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo estará iluminado. Examina, pois, se a luz que há em ti não é escuridão. Se todo o teu corpo está iluminado, todo ele será luminoso, como quando a candeia te ilumina com o seu fulgor” (Lc.11,34-36). 5. A Madre Teresa afirmava: “Não há melhor maneira de manifestar a nossa gratidão a Deus e aos homens do que aceitar tudo com alegria. Um coração ardente de amor, é necessariamente um coração alegre”. Por isso, não deixemos nunca que a tristeza se apodere de nós, ao ponto de te fazer esquecer a alegria de Cristo, que nasceu e deu a vida por nós. Continuemos a confiar em Jesus e darmo-nos aos outros, pelo amor que nos une a Ele. Que a nossa força não seja outra, que a alegre confiança em Jesus. Vivemos felizes e em paz. Aceitemos tudo o que Ele dá, e demos-Lhe tudo o que ele toma de nós!


TESTEMUNHA: Diz-se daquele que assistiu a um acontecimento ou que ouviu alguma coisa e o comunica a outras pessoas. Em grego, testemunha diz-se “martirios”, donde vem a palavra mártir.
No Evangelho, Jesus compara-Se à luz e o Seu nome MESSIAS, que em aramaico (idioma de Jesus) se aplica a Jesus Cristo para indicar que é o Filho, bendito por Deus, o Salvador esperado. Essa mesma palavra, em grego, significa “Cristo” o mesmo que dizer “ungido com o santo óleo”.

COMPROMISSO

1. Apoiar alguém que não tenha amigos para que possa ter confiança na tua aceitação para com essa pessoa.
2. Rezar, todas as noites antes de dormir, pelos que vivem sós e sem o apoio de ninguém.
3. Trazer a estrela para a Eucaristia do Domingo. Escreve nela o teu compromisso de dizeres a verdade.
4. Partilhar MASSAS OU ENLATADOS para que as crianças da CASA DO GAIATO sintam que as apoiam e podem confiar no futuro.


ORAÇÃO


Senhor Deus, Pai de Jesus:
Estou impaciente para celebrar o Natal. Tu escolheste alguns profetas, como Isaías e João Batista, para preparar o caminho de Jesus. Tinhas uma grande confiança neles e protegeste-os com todo o Teu amor. Também eu desejo ouvir os outros e mostrar-lhes que podem contar comigo…
Senhor Deus, Pai de Jesus, ajuda-me a continuar a tua cadeia de amor e de confiança. Ámen.



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